*Para luar
Meu peito transbordou. Mandou em caracteres todos os desejos que carregava consigo. Disse francamente que te quer. Anunciou sem dó (nem tanto) o quanto sofre longe de ti.
Sabe bem ele que agora colherá o fim. Que será sepultado sem sequer uma cerimônia de adeus. E que nem cicatrizes deixará. Simplesmente será esquecido.
Pobre peito. Arriscou tudo pelo desejo de te ter por completo. Perdeu, é fato. Mas tentou, bravamente, ser teu, e só teu, nas noite de amor.
Hoje triste, carrega um coração que pulsa lentamente, quase desistindo da vida. Que deseja ter salvo a amizade, apesar das poucas chances. Que vai chorar dias a fio o fracasso da não-conquista.
Sobra-lhe pouco. Migalhas de lembranças de uma história, apesar de tudo, bela. Lampejos de um enredo de crônica de amor. E saudade da coragem que resgatava em si para fazer-te crer que era forte.
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3 comments:
Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.
De fato, acaba. E como sei disso...
Eu não me sinto injustiçada. Muitíssimo pelo contrário: sou uma pessoa de muita sorte. Isso não quer dizer que às vezes não sofra. Mas o sofrimento nos faz crescer. Só o manifesto para tirá-lo de dentro de mim.
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