Hoje acordei saudosa dos tempos em que R$ 25 eram suficientes para comer por uma semana. Uma época simples, cujas principais preocupações estavam nas obrigações intelectuais. Quando meu coração era mais doce e mais puro.
A melancolia se intensificou ao encontrar o poeta. Aquele que um dia tão bem me definiu. Que leu nas linhas da minha mão sobre o futuro. Que viu nas minhas manchas gotas de chocolate.
Deu-me uma vontade repentina de virar-me do avesso, de entrar nas minhas lembranças nem tão remotas, mas deveras entranhadas no tempo e no espaço.
Se possível fosse, de sumir por dias e voltar como a moleca faceira travestida de velha sábia de outros tempos.
Sinto-me pior. Sinto-me menos verdadeira, cada vez mais montada e encenando, preocupada com o que pensam os de lá.
Será esse o destino sem volta? Será consequência da vida escolhida? Será o tempo contado sempre necessário?
Aquele que tiver respostas, por favor, responda-me.
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1 comment:
sigo os rastros da memória... farejo os vestígios do coração... almejo qualquer luz que não seja esta... mesmo sabendo que o nosso cabelo ficou seco, que nosso olhar castanho opaco, perdeu, não de todo, o brilho, sei que nosso medo aumentou... mesmo assim, ainda assim, sigo os rastros do coração, almejo qualquer luz que não seja esta.
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