Tuesday, December 21, 2010
Pôr-do-sol
Uma luz cor de laranja brilhou em frente aos meu olhos. De lá, surgiu a silhueta do amor. Em passos lentos, ele se aproximou, tocou-me o rosto e beijou-me a testa. De mãos dadas, seguimos adiante, até onde a vista nos permitiu ir.
Monday, December 06, 2010
Thursday, December 02, 2010
Anjo sem asa
Eis que caiu-me no colo um anjo
Sem asas, porém: sua graça era o traço
Com o olhar, tocou-me a alma
E me fez faceira outra vez
Despertou-me os melhores desejos
Provocou-me delírios e lampejos
E amou-me uma vez, duas, três…
Sem asas, porém: sua graça era o traço
Com o olhar, tocou-me a alma
E me fez faceira outra vez
Despertou-me os melhores desejos
Provocou-me delírios e lampejos
E amou-me uma vez, duas, três…
Monday, November 01, 2010
Procuram-se respostas
Hoje acordei saudosa dos tempos em que R$ 25 eram suficientes para comer por uma semana. Uma época simples, cujas principais preocupações estavam nas obrigações intelectuais. Quando meu coração era mais doce e mais puro.
A melancolia se intensificou ao encontrar o poeta. Aquele que um dia tão bem me definiu. Que leu nas linhas da minha mão sobre o futuro. Que viu nas minhas manchas gotas de chocolate.
Deu-me uma vontade repentina de virar-me do avesso, de entrar nas minhas lembranças nem tão remotas, mas deveras entranhadas no tempo e no espaço.
Se possível fosse, de sumir por dias e voltar como a moleca faceira travestida de velha sábia de outros tempos.
Sinto-me pior. Sinto-me menos verdadeira, cada vez mais montada e encenando, preocupada com o que pensam os de lá.
Será esse o destino sem volta? Será consequência da vida escolhida? Será o tempo contado sempre necessário?
Aquele que tiver respostas, por favor, responda-me.
A melancolia se intensificou ao encontrar o poeta. Aquele que um dia tão bem me definiu. Que leu nas linhas da minha mão sobre o futuro. Que viu nas minhas manchas gotas de chocolate.
Deu-me uma vontade repentina de virar-me do avesso, de entrar nas minhas lembranças nem tão remotas, mas deveras entranhadas no tempo e no espaço.
Se possível fosse, de sumir por dias e voltar como a moleca faceira travestida de velha sábia de outros tempos.
Sinto-me pior. Sinto-me menos verdadeira, cada vez mais montada e encenando, preocupada com o que pensam os de lá.
Será esse o destino sem volta? Será consequência da vida escolhida? Será o tempo contado sempre necessário?
Aquele que tiver respostas, por favor, responda-me.
Tuesday, September 07, 2010
Despedida
Após longa conversa, eles decidiram pôr um ponto final em tudo. Depois, deitaram-se e dormiram abraçadinhos. Na manhã, despediram-se e nunca mais se viram.
Tuesday, March 09, 2010
O balão mágico
Era uma fresca manhã de sábado. Os passos que me guiavam eram melancólicos como o céu levemente nublado. Ao atravessar a W3 rumo às 900s, tentava acelerar o ritmo para chegar pontualmente onde tomava as lições de italiano. Porém, a sonolência não me permitia correr. Ainda bem. É possível que se tivesse me apressado perderia um dos mais lindos espetáculos que já vi. Tentando domar o cabelo, olhei despercebidamente para o alto e me dei conta de que ele tomava céu. Despontando lentamente, por entre os galhos secos das altas árvores. E eis que no meio do meu trajeto surgiu por completo. Era um balão. Lindo, vermelho, surpreendente. Um presente naquele dia frio. Um presente para a vida inteira. Eu reduzi ainda mais a velocidade. Queria apreciar cada minuto daquele momento mágico. Fui acompanhando-o delicadamente. Ou será que era ele que me acompanhava? Não sei. Minha única certeza é que nos despedimos emocionados na porta da escola. Eu, com lágrimas nos olhos. Ele, imponente e brilhante. Foi-se assim como surgiu, semelhante a uma pluma. Em direção desconhecida. Possivelmente em busca de tocar mais um coração.
Thursday, January 28, 2010
Friday, January 22, 2010
Viva-o!
Não temas, menino
Olhes para o amor
E viva-o! Viva-o!
Abra-se para o que sentes
E não te preocupes com o que temes
Colocar-te-ei no colo
E ninar-te-ei até o sono chegar.
Olhes para o amor
E viva-o! Viva-o!
Abra-se para o que sentes
E não te preocupes com o que temes
Colocar-te-ei no colo
E ninar-te-ei até o sono chegar.
Thursday, January 21, 2010
Meu cinza
Sempre simpática ao cinza, peguei-me pensando sobre a melancolia que ele esconde. Talvez porque as lágrimas que correm tenham um tom gris jamais percebido antes. Ou, quem sabe?, porque, no fundo, estivesse tão impregnada dele que nunca percebera sua triste vibração. Dona de uma palpitação lenta, quase depressiva, a cor da lenha queimada lembra paisagem em dia de chuva. E isso, certamente, tem lá a sua beleza. Só depende do que inspira o olhar que a vê.
Wednesday, January 20, 2010
Adeus...
Uma frieza descomunal enauseia o ventre. Já não há soluços no decorrer das brigas. Seria um desgostar? Tristemente, cre-se que sim. Parece ter, a ternura, esvaido-se. A insinuação patronal fere. Faz quebrar o respeitoso encanto. E aos poucos surge o murmuro... Adeus...
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